quarta-feira, 17 de abril de 2013

Abrindo o Guarda-Roupa!

Que mulher nunca abriu seu guarda-roupa e ficou numa dúvida cruel em relação ao que vestir? "O que visto para ir a faculdade, trabalho, jantar, shopping"? E todos os lugares que lotam nossa agendinha de compromissos? Passamos por isso diariamente e quando o assunto é a escolha do look apropriado  para  tais ocasiões nós meninas precisamos de um tempo só nosso para pensar. Sabendo disso o Garota de Outubro vai te dar uma dica de look simples e fashion que pode ser usado em diversas ocasiões. As fotos foram produzidas pela nossa modelo Ainoã Braga.


O look é composto por camisa de chiffon pink (não tão fina como de costume, um pouco mais reforçada), a camisa é assinada pela marca Lia Rabello. Descendo mais um pouco o short's branco super básico é a cara do conforto, 100% algodão é ideal para os dias quentes (que são praticamente todos aqui no Ceará).


O modelito cai super bem para uma ida ao shopping, um passeio de fim de tarde, e até mesmo para assistir aula na facul. É importante lembrar que a escolha do look deve ser apropriada ao horário, como essa opção combina cores claras e um tom mais quente como o pink-neon  ela se encaixa perfeitamente tanto para o dia  quanto para a noite.


Nos pés encontramos um dos queridinhos das ultimas tendências de moda, um sapato oxford rosa seco, de camurça com strass aplicados por toda parte dando um ar super charmoso. Conhecido por ser febre de inverno, o oxford não se limita somente aos dias frios (coisa que no Ceará é raro) ele pode sim ser usado em clima de verão, deixando o look com ares de moça inglesa.
Fazendo a combinação certa você sem dúvidas vai arrasar por aí, tendo sempre o bom senso de adequar a roupa ao seu corpo, pois o mais importante é se sentir bem e feliz com você mesma.

Agradecimento!

Fotografia e Edição: Ainoã Braga
Modelo: Ainoã Braga

terça-feira, 2 de abril de 2013

Olhos que veem são muitos. Olhos que enxergam são raros.







O mundo gira, sol nascendo, o tic-tac do relógio é um aviso de que estou atrasada, corro, ouço tantos sons que quase não consigo identificar o que significam. Buzinas, passos, vozes, é tudo tão ligeiro que não paro para observar a realidade ao meu redor. Subo no ônibus e através das janelas vejo o corre-corre preenchendo as avenidas.Chego ao meu destino. O terceiro andar de um prédio antigo no centro da cidade, lá atendo telefonas, envio e-mails, resolvo problemas. Todos os dias a mesma rotina, as mesmas pessoas, o mesmo caminho.
Um dia chegando ao meu local de trabalho percebo um burburinho na entrada do prédio e noto que algo estranho aconteceu. Aproximando-me pergunto as pessoas que ali estão: - O que houve? Os olhares tristes e desconfortáveis me permitem imaginar o ocorrido, então um dos meus colegas diz que o porteiro faleceu. Porteiro? Fiquei espantada ao perceber que eu não lembrava dele. Não sabia seu nome, como era seu rosto, só sabia que havia alguém ali, mas não reparava em como se vestia, como falava, era para mim um estranho conhecido. Foi nesse momento que meus olhos se abriram para enxergar muito mais além do marasmo.
E quantos de nós passamos a vida inteira sem perceber aquilo que nossos olhos veem, observar detalhes simples como o sorriso das pessoas, os prédios do nosso centro, um gari que limpa a rua. A rotina muitas vezes cega deixa nossa visão superficial e nos trai roubando de nós as experiências que poderíamos viver se observássemos mais o que nos circunda. Depois desse dia, ao saber da morte do porteiro passei a observar o mundo com olhos de criança descobrindo tudo a minha volta, e enxerguei detalhes que nunca antes imaginei encontrar. E como escreveu a professora poeta Ana Valeska “Nosso olhar perde a nitidez, passa a captar o que está programado pelas prioridades adultocêntricas.”
Observar às ruas, as pessoas, a cidade é muito mais do que flanar, é experimentar cada uma das histórias que estão a nossa frente, passamos tanto tempo procurando explicar o inexplicável que nos esquecemos de viver, amar, ouvir, enxergar. Encontrar o valor do simples, do óbvio é muito mais difícil que imaginamos como dizia Exupéry “O essencial é invisível aos olhos, mas os olhos são cegos. É preciso buscar com o coração”. E todas as crônicas reporteiras de João do Rio não seriam tão intensas se ele não tivesse vivido seus textos, e observado cada partícula das ruas por onde caminhava.
Mas o que quero deixar através da minha breve experiência é um olhar a vida com olhos de começo, nos aprofundarmos na beleza do que também não é visto.